Sabiam que...


Podemos considerar que a gestação do bebé decorre durante 10 meses, sendo que, o último, acontece já nos braços dos seus pais?

Nós, os humanos, embora sejamos um animal de extrema inteligência, também somos aquele, cujos bebés, são os mais dependentes dos adultos para sobreviverem. Somos o mamífero mais imaturo aquando da primeira fase da nossa vida!

O tamanho do crânio, proporcionalmente muito maior ao corpo, quando até comparado com os outros mamíferos, parece ser a principal causa para a necessidade de ter de sair do útero enquanto o seu diâmetro ainda o permite, continuando assim, depois do nascimento, o seu desenvolvimento neurológico.

Por isso, os primeiros três meses de vida do bebé até podem ser considerados o “4º trimestre da sua gestação”.


"Hum... viver no útero!"


Lá dentro, o bebé vive muito aconchegadinho, quentinho, dobrado sobre si próprio (daí, a elasticidade fantástica que permite, tão novinhos, fazer estas sessões fotográficas maravilhosas!), em que toda a sua pele mantém contacto tocada e envolvida, tanto pelo pelo contacto do líquido amniótico como pelas paredes do útero. Estas que, de vez em quando, se contraiem umas quantas vezes seguidas e assim e lhes dão uma massagem forte e deliciosa por todo o seu corpinho!

 

E enquanto tudo isto, a mãe anda, senta-se, levanta-se, sobe e desce escadas, embalando o seu bebé, horas a fio, como que “numa dança nas ondas do mar”.

Nestes últimos meses de vida do bebé, dentro da barriga da mãe (mais ou menos a partir da 21ª semana), o bebé amadurece a sua estrutura neurofisiológica auditiva. Isto significa que, a partir des que te momento, deixa de haver silêncio para ele! Nem no “nosso silêncio da noite”! Se para nós, deixam de haver vozes ou música, para eles, continuam os ruídos da respiração da sua mãe, do fluxo sanguíneo, e até dos intestinos!

 

Conseguem entender o papel fundamental que temos, em fazer a transição do bebé para o mundo exterior?

“Então, como acolher e ajudar nesta transição: do mundo intrauterino para esta imensidão?”


Existem muitos especialistas, que com o tempo, comprovaram as suas teorias na prática, e se tornaram famosos em diferentes áreas, com diferentes técnicas, mas com o objetivo em comum!

Destaco 2 deles!

Nos passados anos 70, Frederique Leboyer, sente urgência em fazer a transição da vida no útero, para a vida no exterior, através da massagem aos bebés. Tradicional na Índia, que difunde com Shantala, esta massagem torna-se num quase ritual de passagem, pacificador e securizante, do mundo intrauterino para a vida fora do útero.

Em Shantala, aprende-se como mãos sábias, serenas e seguras percorrem o corpo do bebé, num ritmo quase ondulante, e lhe transmitem segurança, estimulo, ternura e uma imensa serenidade.

 

Por outro lado, e mais recentemente, podemos seguir o trabalho de Harvey Karp, médico pediatra, que criou um sistema ao qual designou por The Happiest Baby onde conjuga cinco técnicas que visam recriar o ambiente intrauterino e, desse modo, proporcionar ao bebé, quase instantaneamente, uma enorme tranquilidade! Verdadinha! Podem pesquisar mais sobre ele na internet, adquirir um dos seus muitos livros, ou até, realizar uma sessão fotográfica de recém-nascido, para assistir a estas técnicas na prática!


"Chega de blá, blá, blá! Vamos à prática?"


Muito resumidamente, ele chama de “os 5 S’s”, pois em Inglês, são estratégias que começam pela letra “S”.

Mas vamos lá em português...

-Embrulhar o bebé, como se estivesse ainda no útero da mãe! A melhor dica aqui, é poder usar em tecido com elasticidade!

-Deitar o bebé de lado ou barriga para baixo, tanto na cama quanto ao colo

-Soprar ao ouvido do bebé, Pshsss Pshss, como que imitando o som do sangue a ser bombardeado para as artérias

-Balançar o bebé

-Dar de mamar ao bebé, e/ou promover o efeito de sucção. Na barriga da mãe, o bebé chucha nos dedos sempre que queria, dando-lhe segurança e conforto.

 

Calor, aconchego, massagem, movimento, sons… a vida de todos nós antes do nascimento!



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